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Nem sempre disponível Imposição de limites é fundamental na relação de amizade


 MÔNICA MELO



Os seguidores do ator Owen Wilson devem ter em mente os papéis emblemáticos que ele interpretou nas comédias “Penetras bons de bico” e “Dois é bom, três é demais”. Em comum entre as obras, a sagacidade de Owen para dar vida a inconsequentes que, apesar de terem apreço pelos respectivos companheiros de aventuras, costumam se colocar em primeiro plano na relação de amizade. A Folha de Pernambuco acionou especialistas que detalharam a importância da imposição de limites para sustentar o vínculo entre amigos.

A estudante de publicidade Tatiana Almeida sente-se, muitas vezes, sufocada por ter o hábito de abdicar de seus compromissos para se mostrar disponível a amigos que a solicitam. “Não gosto de contrariar a vontade de um amigo. Há situações em que me encontro sem tempo, mas dou uma parada para ouvir o próximo e já houve ocasião de eu sair sem vontade somente para acompanhar pessoas de quem gosto bastante. Confesso que, às vezes, sinto um pesar por compromoter algumas obrigações para ajudar um amigo”, comenta.

Conforme a psicoterapeuta Jacqueline Meireles, a amizade sugere respeito à individualidade. A pessoa somente se comporta de maneira invasiva quando os limites para o bom funcionamento da relação deixaram de ser definidos pelos envolvidos. “A amizade subtende os princípios do vínculo, da confiança e do respeito. As duas partes devem se sentir confortáveis no relacionamento. Quando um se sente incomodado, sufocado, precisa sinalizar a contrariedade ao companheiro. Toda relação tem regras”, salienta.

Para aqueles que estão mal acostumados e acionam o amigo de forma excessiva e inconveniente, a psicóloga Conceição Padilha é categórica: “É preciso considerar a autonomia do companheiro e preservar seus momentos reservados. Também se habilitar a ouvir os desabafos e as demandas do outro. A amizade exige negociação”.

Segundo Meireles, se as pessoas acreditam que a relação se pauta na intimidade, elas precisam colocar o quanto estão se sentindo cobradas, sob pena de se anular no relacionamento. “O amigo precisa superar o receio de a amizade acabar simplesmente porque contrariou a vontade do outro. Se este companheiro valoriza o vínculo, ele vai se interessar em melhorar”, acrescenta.

A psicóloga Conceição lembra que a falta de posicionamento por parte do indivíduo reflete imaturidade da estrutura psíquica. Assim, ele pode vir a estender esse tipo de postura para os relacionamentos de outros âmbitos, a exemplo do amoroso e do profissional.

Serviço
Psicoterapeuta Jacqueline Meireles - F. 8811 2263


Jacqueline Meireles
Psicóloga/Consultora

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