A imagem do outro é sempre algo
impactante, comentários, opiniões e criticas surgem em diversos contextos
(familiar, social, profissional, ou seja, nas relações). O conceito de certo e
errado são formas relativas de ver, cada pessoa é única carrega intrinsecamente
sua história.
Desde a infância a figura do
outro é presença constante, como um espelho refleti conceitos e preconceitos,
sobrecargas composta de significados que ditam o melhor caminho a seguir.
Ocorre que muitos indivíduos anulam-se e terminam assumindo os outros dentro de
si, neste momento não são mais seus pensamentos e desejos que imperam, mas os
dos outros.
Pensar por si, agir por si, dá
ao sujeito ampla automonia, ao mesmo tempo em que insere uma
responsabilidade maior. Talvez seja esse o grande dilema psicossocial, pois ao
adotar uma postura mais individual, admitindo suas escolhas, consequentemente o
indivíduo passa a ser mais vulnerável as criticas e opiniões alheias, essas nem
sempre positivas e construtivas.
É importante entender que as
pessoas vão compreender e opinar segundo suas historias de vida. A auto –
avaliação ajuda neste processo de interdependência, saber separar o EU do
OUTRO do SEU PRÓPRIO EU auxilia a perceber que apesar das
semelhanças pessoais cada ser é único.
Não existe uma pessoa igual à
outra, o modo, a forma e o contexto existencial são distintos. Cada um vivencia
de acordo com os conteúdos emocionais internos. Ao assumir as verdades alheias o sujeito exclui ou deixa de lado um caminho de
possibilidades.
Cada pessoa tem sua trilha, seus
sonhos e desejos, quando uma censura entre em seu psiquismo, consequentemente
há perdas. Ao terceirizar seu espaço sentimental, emocional e relacional, menos
espaço sobrará para o crescimento pessoal, a auto-aceitação torna-se quase
nula, afinal o outro é mais importante que EU e estará sempre em
primeiro lugar.
Acreditar que é capaz de
ascender iniciando um processo de auto-avaliação e consequentemente de
auto-aceitação contribui para melhor valorização pessoal, saber lidar com as
criticas é entender que somos os únicos capazes de um julgamento mais preciso
a nosso próprio respeito.
Uma critica positiva é sempre
aquela despida de emoção, de sentimentos de inveja, ciúme ou cobiça. O ato da
auto-escuta minuciosa fornece ao indivíduo recursos que o auxiliam em seu
desenvolvimento e maturidade, bem como o ajuda a perceber quais pontos devém
ser tocados e trocados.
Vale salientar que o verdadeiro crescimento ocorre quando o sujeito consegue tomar consciência de si mesmo.
Vale salientar que o verdadeiro crescimento ocorre quando o sujeito consegue tomar consciência de si mesmo.
Há tantas lacunas a serem
preenchidas, tantos labirintos a serem desvendados e ainda diante deste
complexo emaranhado mental existe um espaço cativo referente à opinião,
afirmação e julgamento dos outros.
Nesta simbiose relacional é
notória a luta que muitos desempenham para fazer valer o seu Eu, as suas
escolhas, seus pensamentos livres de interferências estranhas. Ainda assim,
muitos vivem do lado de lá, preocupados com o que os outros vão falar.
O outro não deve ser visto como
uma extensão e sim como parte no processo de crescimento, desenvolvimento e
evolução.
.....
*Eu não sou você, você não é
eu
Madalena Freire.
...
Eu não sou
você
Você não é eu.
Mas encontrei comigo e me vi
Enquanto olhava pra você
Na sua, minha, insegurança
Na sua, minha, desconfiança
Na sua, minha, competição
Na sua, minha, birra infantil
Na sua, minha, omissão
Na sua, minha, firmeza
Na sua, minha, impaciência
Na sua, minha, prepotência
Na sua, minha, fragilidade doce
Na sua, minha, mudez aterrorizada
E você se encontrou e se viu, enquanto olhava pra mim?
...Somos um grupo, enquanto
Somos capazes de, diferenciadamente,
Eu ser eu, vivendo com você e
Você ser você, vivendo comigo.
Você não é eu.
Mas encontrei comigo e me vi
Enquanto olhava pra você
Na sua, minha, insegurança
Na sua, minha, desconfiança
Na sua, minha, competição
Na sua, minha, birra infantil
Na sua, minha, omissão
Na sua, minha, firmeza
Na sua, minha, impaciência
Na sua, minha, prepotência
Na sua, minha, fragilidade doce
Na sua, minha, mudez aterrorizada
E você se encontrou e se viu, enquanto olhava pra mim?
...Somos um grupo, enquanto
Somos capazes de, diferenciadamente,
Eu ser eu, vivendo com você e
Você ser você, vivendo comigo.
Jacqueline Meireles
Psicóloga/Consultora
Psicóloga/Consultora
Excelentes reflexões. Obrigada
ResponderExcluir