MÔNICA MELO
Revival: especialistas pontuam fatores de peso na decisão de casais em se dar nova chance
Viagens, declarações, planos, presentes, champanhe e flores. Seria esta, talvez, a conformação mais próxima ao famigerado “mar de rosas”. O que dizer, então, quando a turbulência chega para um ao ouvir o companheiro dar o veredicto: “basta, não dá mais!”? Sob uma perspectiva fria, resta, simplesmente, conformar-se com o hiato definitivo. Um quadro, provavelmente, mais complexo surge quando a possibilidade da volta existe. Especialistas desdobram, aqui, as condições básicas às quais os parceiros devem ficar atentos ao se disporem ao revival.
A médica Daniela Ferraz e o publicitário Thiago Almeida estão juntos há oito anos. Trajetória que inclui uma lacuna de três meses de separação. Necessária, segundo Daniela, para que o casal revisse algumas atitudes, como a programação, na rotina antiga, de horários para se ligar ou se encontrar. “Hoje não existe tanta cobrança, voltamos mais cúmplices, tolerantes, vimos o valor do que já havia sido construído”, sintetiza a médica. Já a universitária Karla Souza viveu um relacionamento de idas e vindas, ao longo de quatro anos. As tentativas não foram suficientes, diz ela, para que o ex-parceiro ampliasse horizontes profissionais ou demonstrasse maior envolvimento afetivo. “Não me arrependo das investidas. Era mais cômodo me manter com ele, não me imaginava sem ele e, de fato, acreditava na sua mudança”, comenta.
Para a psicóloga Silvana Molina, ao se habilitarem a voltar, os envolvidos precisam estar dispostos a renovar, a enxergar diferenças e desacordos como elementos comuns à relação. É necessário, diz a especialista, aprender a lidar com as fragilidades que desestabilizaram a vida a dois e partir para a reconstrução, imbuído da perspectiva de mudança. “Os parceiros não devem ficar presos ao passado, mas preparados para se reinventar e lidar com as cobranças sociais e familiares porque nem todos os conhecidos do casal são favoráveis à volta”, acrescenta a psicoterapeuta Mônica Caluete, para a qual conveniência, praticidade ou economia de esforços não devem figurar entre as motivações dos companheiros em uma eventual reconciliação.
Na visão da psicoterapeuta Jacqueline Meireles, o distanciamento, a ruptura, muitas vezes, possibilitam que os envolvidos reconheçam o peso do outro para sua vida. No entanto, o amor, tão somente, não sustenta a retomada da relação. É necessário aos parceiros, pondera a especialista, ter afinidade, olhar juntos em uma mesma direção, ter compatibilidade em termos de ideais, projetos de vida. No caso de seguirem juntos, salienta Caluete que não é bem-vinda a cobrança pelo parceiro com relação aos passos do outro durante a fase de separação. “A reincidência de atitudes ou sentimentos causadores das divergências e afastamento do casal servem para os envolvidos repensarem a decisão de voltar”, encerra Caluete.
Jacqueline Meireles
Psicóloga/Consultora
Reprodução autorizada desde que mencionada à autora e o site www.psicologiaemanalise.com.br/
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Em análise...
A psicologia é uma 'ferramenta' que necessita de tempo e estudo. Mas a análise é própria de cada sujeito, qualquer pessoa pode fazer uma análise ou auto-analise, porém o maior desafio é romper com o preconceito que muitas vezes surge ligado ao julgamento.
Jacqueline Meireles
Psicóloga
Jacqueline Meireles
Psicóloga
Minuto RH
O capital humano pode ser sinônimo de grandes empreendimentos, ele transforma saber em renda, produz valor econômico, gera conhecimento e aprimora competências indispensáveis ao desenvolvimento.
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