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Quando o assunto é dinheiro?

O planejamento financeiro é uma etapa importante na vida dos seres humanos. Saber organizar gastos requer amadurecimento, equilíbrio e planejamento. O assunto dinheiro ainda é uma pauta evitada pela maioria dos indivíduos, afinal não é nada simples atribuir preço.
O dinheiro vem sempre carregado de significados, sinônimo de status, poder, riqueza, ele tem voz, em algumas ocasiões estridentes em outras parece silenciosa, mostra-se por sussurros, passa quase que despercebido, mas ainda assim ele consegue transmitir sua mensagem.
Associado a conquistas seu poderio tem destaque nas sociedades capitalistas, o sujeito possuidor é visto como aquele dotado de abonança, conforto, prestígio, domínio. Contudo seu maior simbolismo ainda vem da maneira como seu proprietário o trata.
Os indivíduos trabalham, estudam, buscam conhecimento, mas nada é o obstante quando o assunto é dinheiro, poucos aprenderam a lidar ou entender seu funcionamento.
Uma das situações mais complicadas em vários segmentos interpessoais está relacionada à moeda, negociar valor é um custo, mesmo em uma sociedade de formação capitalista este assunto ainda é um tabu.
Aliás, seu o próprio valor comercial não se aproxima do montante de simbolismo a ele associado, conceitos de bem e mal, felicidade e infelicidade o acompanham intrinsecamente. Forças, conflitos existentes e muita confusão.
Na realidade a moeda é consequência de um processo evolutivo. Dentre as variáveis talvez a sua mais expressiva finalidade seja atribuir valor as coisas, com alta representatividade, particularidade e singularidade.
Em sua visão metafórica o dinheiro também representa segurança, apego, importância, estima, apreço, palavras compostas de autovalor emocional, sinaliza o quanto de energia o individuo deposita nas coisas (objetos e situações) e nos acontecimentos a sua volta.
Nas sociedades movidas pelo capital à 'moeda' está por toda parte e em todas as relações, trabalho, família, lazer.  Acreditar que ela compra tudo é uma fantasia, mas ela proporciona estabilidade, realiza sonhos, no entanto se trás felicidades isso é muito subjetivo.
Fonte de poder e de riqueza, o dinheiro é visto também como algo perigoso, administrar a fortuna não é um exercício fácil, necessita de disciplina, planejamento, maturação para manusear e sabedoria no tratar.
Seu valor simbólico é imensurável.
Nos países onde o dinheiro movimenta toda a economia ele é denominado capital de giro, utilizado para aquecer o mercado, negociar, vender, comprar. Economicamente, emocionalmente ninguém quer perder.

Em outras palavras, o valor sentimental ainda é um dos mais caros tributos a ser pago pelos indivíduos, chega a provocar mal estar.
O capital está presente em diversas situações e segmentos sociais, nos processos, nas partilhas, nas relações interpessoais, família, casamento, empresas, nas organizações em geral, tudo tem um valor, um custo embutido, um preço a ser pago, avaliado, questionado, quantificado.
Mas, o valor maior a ser pago está diretamente ligado ao que os indivíduos depositam nas situações e acontecimentos a sua volta, às vezes paga-se muito por tão pouco.




Jacqueline Meireles
Psicóloga/Consultora

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