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Sexualidade uma questão de modelo


Com as novas formas de vivenciar a sexualidade, diferentes modelos sexuais e configurações familiares estão surgindo. Desse modo, não tem como falar de sexo sem entrar nas questões parentais tão imersas na cultura, nos preceitos domésticos que são transmitidos através dos padrões sexuais cujos filhos estão inseridos.
A sexualidade vai além do sexo, ela tem corpo, alma, psiquismo e muitos interditos. São inúmeras as proibições que deixam a entender que essa tal liberdade é quase utópica. Quando se fala em sexo, talvez a primeira coisa que surja na cabeça de alguns sujeitos é a penetração.
Entretanto, o ato sexual ultrapassa as fronteiras da penetração, mais que isso, o sexo é escolha, desejo, respeito, entrega. O corpo sempre foi visto como um “objeto” de medo, existe quase que total falta de conhecimento do próprio corpo, o que sinaliza ausência de conexão.
Tocar, perceber, reconhecer sua própria maquina corporal possibilita adentrar em um maravilhoso, complexo e singular instrumento que emite sensações, emoções e deleites.  Na realidade tudo que é desconhecido provoca medo, trás insegurança e por ser estranho, assusta.
Para que o sujeito consiga vivenciar sua sexualidade faz-se necessário entrar em contato com seus desejos reprimidos, com seus receios além de analisar e separar o que de fato é seu e o que é do outro. Muitos dos tabus são motivados pela repressão religiosa, social e familiar transmitidas há séculos, causadoras de preconceitos e que de alguma forma acarretam angústia.
A quebra de tais crendices ligadas ao sexo permite que os indivíduos consigam vivenciar sua sexualidade de modo mais ameno e tranquilo. A educação sexual é uma ferramenta preciosa e fundamental para o esclarecimento, informação e ensinamento. Instruir os indivíduos, levar o conhecimento, trabalhar o respeito interpessoal, a singularidade, a diversidade e a liberdade de escolha faz parte da aprendizagem.
Muito se tem discutido sobre a ambivalência entre o amor e o sexo, é evidente que nem sempre existe uma fusão sexualmente amorosa, mas quando esses dois segmentos têm a possibilidade de se encontrarem, de estarem juntos, favorece a relação, dar maior integração e enriquecimento ao casal.
De fato, todo mundo deseja ser feliz com sua sexualidade, mas para que essa felicidade ocorra é necessário que haja o mínimo de conhecimento de si e saber estabelecer contato direto com o seu corpo. Entender sua natureza íntima e psíquica ajuda a identificar os temores lançados por via cultural que originam tantas proibições e recalques.
 O ser humano é um animal de desejos que quando bem informado tem a possibilidade de canalizar e buscar o prazer salutar. A sexualidade hoje “falada” é pautada por muitos modelos e mesmo com toda essa gama de referencias relativas à diversidade dos sexos, há ainda muita intolerância.
Qualquer inovação de ordem social, cultural ou mesmo pessoal provoca crise, sinaliza desconfiança, alerta para possíveis perigos, esse é um dos motivos para o crescente aumento da inflexibilidade por parte de pessoas que se julgam tradicionais e conservadores.
Em meio à tamanha recusa, a liberdade de escolha deve ser individual, contudo algumas pessoas desejam as escondidas. A liberdade sexual ainda é um livre-arbítrio velado, escondido, vigiado por olhares e atos discriminatórios.
Ser modelo quer dizer ser referência... A humanidade vive sobre esses admiráveis modelos. Entretanto, quando o assunto é “sexo” não existem arquétipos ou padrões. O prazer sexual é individual, próprio de cada sujeito, a sexualidade tem identidade exclusiva, fato este é que um mesmo “objeto” pode trazer satisfação e gozo a um e não ao outro.
Aliás, o que todos querem, desejam, almejam é serem felizes sexualmente.



Jacqueline Meireles
Psicóloga/Consultora

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