Lembro quando comecei a ter esse olhar para o atendimento on-line na época ainda muito restrito, fui a segunda psicóloga a conseguir do registro do conselho federal de psicologia em meu estado.
Lógico que a pandemia acelerou o processo, o medo deu lugar a necessidade e os atendimentos por vídeos chamadas, chegaram para facilitar as consultas.
As pessoas buscam o auto cuidado não é porque são zens, mas porque elas têm conflitos, QUEREM melhorar, precisam de suporte, querem crescer, amadurecer, redescobrir, se fortalecer.
Quando o processo é bem conduzido existe crescimento e ganhos psicomocionais em várias áreas da vida.
Os efeitos que a psicoterapia on-line exerce é tão significativo quanto o atendimento presencial, a técnica, a capacitação e a qualificação do psicólogo é que irá ser o diferencial para o atendimento.
A pessoa precisa ter confiança na escolha do profissional, confiar no trabalho e na condução terapêutica, para que haja entrega dos conteúdos que precisam ser tratados e direcionados.
As vezes reviver situações provoca muito desconforto, mas isso não significa dizer que antes da terapia a situação estava bem, não estava incomodando, não doía, muito pelo contrário, significa dizer que por Ns motivos a pessoa não teve condições emocionais de parar para pensar em si ou porque não tinha suporte ou porque tinha medo de enfrentar determinadas situações.
O psicólogo não tem respostas prontas, como profissional, ensina o outro a pensar, levando a reflexão, dando apoio, direcionamento, mostra caminhos e é isso que faz a diferença.
A terapia muitas vezes trás a tona sentimentos latentes, emoções reprimidas, dores escondidas, camuflada por bebidas, comidas, falta de tempo, de olhar.
O medo/fulga faz com que a pessoa tenha dificuldade de encarar a própria vida, faz fugir do processo, que é preciso passar para se libertar.
A alma necessita de liberdade para vivenciar a própria existência e o remédio muitas vezes é o despertar para o autoconhecimento.
O trabalho do psicólogo é de suporte e esse suporte significa também aprender a suportar os silêncios, o choro, a irritação, o medo, a angústia, as transferências, sentimentos esses que descreve os sintomas.
Através desse suporte é que o profissional conseguirá ajudar seu paciente a entender e buscar caminhos para suas próprias questões.
Saber calar é tão importante quanto saber falar, entrar nesse lugar do saber proporciona muitas descobertas.
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