Na atualidade, vivemos numa sociedade do mensurável, com rápido crescimento tecnológico, dando idéia que tudo é velho e passageiro, mas será que isso também se aplica às pessoas? Existe uma procura pelo objeto perdido, ocasionando um sentimento de culpa e desprazer como se todo o valor viesse do poder, da riqueza e do sucesso.
Sendo assim, não seria estranho perguntar por que é tão difícil para o homem ser feliz? A felicidade é uma conquista, faz parte de uma construção. Vivemos em uma sociedade que cada vez mais não tolera a frustração, o "ter" passou a frente do "ser", então se subtende que só é feliz quem tem, e, se não tem, pelo menos aparenta ter.
Haverá sempre uma balança imaginaria que pesa, enquadra, quantifica e no final dá o valor. Tudo tem um valor, o amor, a amizade, o companheirismo e uma pergunta fica acoplada, será que viramos "objetos" dos nossos desejos?
O homem tende a fugir de tudo que lhe cause desprazer, foge de tudo que lhe é estranho por medo. Dessa forma, foge das experiências que não conhece e agarra-se ao objeto já conhecido que a ele se apresenta.
Destarte, frustra-se por acreditar que para ser feliz é necessário investir alto em seus atributos externos, esquecendo do interno, sendo que este passa por um outro contexto, que não pode ser mensurável.
Assim, o sujeito ao aproximar-se do outro pelo que ele "tem", constrói uma vida vazia e cheia de aparência, esperando que o Outro lhe dê o valor que nem sempre ele tem condições de dar. As pessoas julgam, quantificam, medem de acordo com sua história de vida, não existe ninguém mais importante para saber o que melhor para você do que você mesmo. E é a própria pessoa que tem a possibilidade de saber quais são os seus limites e suas fraquezas, como também o que tem de melhor.
O homem é capaz de construir o seu melhor e o seu pior, assumindo suas dificuldades, trabalhando suas fraquezas e melhorando sua auto-estima sem esperar tanto do outro. O valor maior parte da construção com outro e não pelo outro. A frase, "Eu fiz tudo por ele", dá um sentido que ele é mais importante que o "Eu".
Não se deve esquecer que determinadas atitudes, comportamentos e valores diz muito sobre o Eu, então o olhar para si não denota uma atitude egoísta, mas uma atitude de amor.
Sendo assim, que valor atribuímos as pessoas? O valor que atribuímos a nós mesmos.
Reflexão: "Você é como uma jóia valiosa e única que só pode ser avaliada por um especialista, não pense que qualquer um pode descobrir o seu verdadeiro valor. Todos tem dentro de si uma jóia valiosa e única, mas andamos pelos "mercados da vida" pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem, afinal ninguém pode nos fazer sentir inferiores sem o nosso consentimento."
Jacqueline Meireles
Psicoterapeuta/Consultora
Psicoterapeuta/Consultora
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