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Criança... Adolescente e Família

A família terá um a papel fundamental na construção subjetiva da criança, pois será os pais o primeiro elo que transmitirá normais, valores e leis. Ao dar uma conotação mais ampla sobre família, existe a parte daí um ponto crucial, caso os avanços sociais não sejam bem absorvidos por essa família contemporânea, pode ocorrer perdas significativas relacionada ao vínculo entre seus membros.

Relatos mostram que alguns pais, filhos e cônjuges, temem traçar um dialogo sem ser visto como algo ameaçador. Já em uma relação visivelmente ameaçada, poucos conseguem notar o afastamento ou mesmo o perigo da ruptura.

A falta de dialogo trás consequências devastadoras, porém, será justamente o mutismo que os afastam um dos outros. Se os adultos estão carentes de aconchego familiar, o que dizer das crianças que sua fala não é escutada ou quando é pouca credibilidade lhe é dada.

Talvez seja por isso que a sociedade esteja vivenciando um alto grau de estresse em decorrência de uma má convivência familiar, pois se é no lar que se supõe que sujeito seja orientado, escutado e acolhido, neste mesmo lar pode ser observado a falta de todas essas redes de proteção citadas à cima.

Na adolescência os conflitos de gerações são ainda mais evidentes, principalmente em relação às opiniões completamente divergentes entre os adultos e os adolescentes. Talvez os pais estejam perdidos diante dessa tormenta toda que é o desafio que essa fase apresenta. Os adolescentes de hoje estão buscando sua individualidade mais sedo, e cada vez mais contesta a educação recebida pelos pais.

Há uma situação parecida quando esses questionamentos partem para a expressão sexual, nesta área a uma espécie de revolução sexual, onde a mídia e a sociedade sinalizam a “liberdade sexual” porém, sem muita educação e orientação relacionada à mesma.

Vale salientar que a chegada da adolescência está cada vez mais precoce, como seu termino está se tornando mais tardio. Com relação ao desenvolvimento sexual no adolescente este é o momento supostamente mais sensível, principalmente no que diz respeito às “influencias externas”, o que diferencia da fase infantil.

Por outro lado, as relações afetivas entre os jovens estão mais permissivas, causando certa confusão na cabeça dos adolescentes e dos seus pais, pois o liberar ou não liberar e em que tempo deve ser feito passou a ser o dilema.

Com todos esses conflitos entre pais e filhos adolescentes ainda existe outro ainda maior, ou seja, a falta de comunicação. Muitos pais não conseguem estabelecer um dialogo com seus filhos, na adolescência este tipo de situação e bem visível, as denominadas “rebeldias” exercidas pelos adolescentes tem sido geradora de grandes desavenças entre o casal, como se o adolescente já houvera nascido “rebelde”, diferentemente de se “estar rebelde”.

Os adolescentes procuram um meio de ser ouvido pelos pais, busca chamar sua atenção de alguma forma, mesmo que não utilize a forma mais correta. Talvez inconscientemente pretenda sinalizar que algo está errado, ou mesmo que eles estão necessitando ser “olhados”.

É evidente que a família sempre será o primeiro contato da criança com o mundo. Sendo está uma construção afetiva visceral, tanto a criança tem expeditivas em relação aos pais, quanto os pais têm expectativas em relação à criança, configurando um somatório de expectativas para ambos.

No decorrer da fase infantil mais principalmente na adolescência, os questionamentos são inevitáveis, porém esses questionamentos vão ficando mais sérios à medida que o contato com o mundo exterior vai se propagando. O adolescente tende a questionar e a confrontar a educação passada pelos pais, como também as possíveis proibições.

No grupo familiar se dá o primeiro contato da criança com o meio social. A família será o primeiro ensaio da criança no mundo e é através dela que valores, normas, leis, divergências, intrigas, invejas e ciúmes, serão vivenciados.

Contudo, vai depender da forma como cada integrante da família receberá essas informações e ensinamentos que possibilitará ao individuo dar um significado próprio em relação a si e ao outro.

A individualidade humana é um mistério, pois o modo como cada indivíduo vai observar os estímulos gerados pela sociedade e pelo mundo, torna sua construção interna muito particular.



Jacqueline Meireles
Psicóloga/Consultora

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